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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Processamento de Material Biológico

SACRIFÍCIO
O peixe foi coletado no aquário e em seguida morto pela técnica de decaptação.










DISSECAÇÃO
Nesse momento é realizada a coleta do órgão ou tecido a ser analisado. Para que ocorra uma boa fixação o material não pode ultrapassar ao tamanho máximo de 0,5 cm de espessura.







FIXAÇÃO
Fixadores são substancias químicas que mantém a integridade do tecido após a morte do animal. As finalidades básicas dos fixadores são: evitar  alterações da constituição química celular, fixar proteínas, inativar enzimas proteolíticas responsáveis pelos fenômenos de autólise e permitir o estudo da célula como se estivesse in vivo. A caracteristica da fixação é o endurecimento do tecido. O fixador usual é o Karnovsky.



DESIDRATAÇÃO
É o processo que retira a água do interior da célula. A desidratação deve ocorrer em etapas progressivas por meio da passagem do material biológico em concentrações crescentes de álcool etílico (70%, 80%, 90%, 95%, 100%). Isso é importante, pois a desidratação violenta  e rápida, quando a peça é diretamente colocada no álcool 100%, pode causar lesões estruturais e irreversíveis na célula.



DIAFANIZAÇÃO
O Xilol tem finalidade de ocupar todos os lugares antes ocupados pela a água e permitir a penetração da parafina. A diafanização deixa o material translúcido. Para evitar mudanças bruscas, a peça dever passar por uma mistura de Alcool + Xilol (1:1) e posteriormente em banhos de Xilol absoluto.
INCLUSÃO EM PARAFINA
Quando translúcido o tecido fica em condições de receber a parafinação. Esta etapa é realizada na estufa a 60°C com a parafina fundida. A parafina liquefeita infiltra-se no tecido diafanizado com facilidade. A parafinização tem como finalidade impregnar nos tecidos para que estes adquiram consistência para a realização da microtomia.


CONFECÇÃO DO BLOCO
A parafina fundida é colocada em caixinhas de papel grosso e deixados a temperatura ambiente. Nesta etapa a parafina solidifica-se tomando forma de bloco. O início da solidificação da parafina é aproveitado para orientar a posição da peça visando o sentido dos cortes a serem obtidos.




MICROTOMIA
Uma vez preparados os blocos eles estão prontos para serem cortados em aparelhos denominados de micrótomo. Os cortes poderão ter espessura mínima de 1µm, sendo que na prática diária, são cortados de 5 a 7µm. Para a realização dos cortes os blocos de parafina são colados em suportes de madeira que facilitam o encaixe no micrótomo.



DISTENSÃO DOS CORTES
Para colocar os cortes na lâmina pode utilizar-se o banho maria, onde são colocados na água e pescados, ou pode-se utilizar a placa aquecedora. Ambos os métodos permitem a distensão dos cortes.  Em seguida as lâminas devem ser colocadas em estufas para secar.
COLORAÇÃO
São as técnicas tintoriais empregadas para facilitar o estudo dos tecidos sob microscopia, uma vez que os tecidos naturalmente são transparentes. Antes do uso do corante é necessário desparafinar a lâmina por meio de banhos de xilol, reidratar o corte por meio da passagem em concentrações decrescentes de álcool etílico (100%, 95%, 90%, 80%, 70%). Existem muitas técnicas de coloração, portanto a mais usual é a Hematoxilina e Eosina (HE).
MONTAGEM

É o fechamento dos cortes corados entre lâmina e lamínula, com auxilio de uma resina sintética denominada de Entelan. A montagem implica meio conservador que não altera a coloração.








Após todos esses procedimentos supracitados, o material está pronto para ser visualizados no microscópio de luz.



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